O braço paranaense da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia vai até quinta-feira, dia 1^o

Universidade Estadual de Maringá, por meio de uma equipe que atua no Museu Dinâmico Interdisciplinar (Mudi/UEM), lançou duas iniciativa de popularização da ciência, na cerimônia de abertura da edição paranaense da 19ª Semana Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, o Paraná Faz Ciência 2022. A iniciativa é promovida pela Superintendência de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná (Seti) e a Fundação Araucária (FA), junto com a UEM e outras instituições de ensino superior do Paraná. A programação ocorre até 1º de dezembro, quinta-feira, on-line, com transmissão da Universidade Virtual do Paraná (UVPR).

Em 2022, a Semana Nacional de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, realizada entre os dias 17 a 23 de outubro, mês Nacional da Ciência Tecnologia e Inovação, teve como tema o “Bicentenário da Independência: 200 anos de Ciência, Tecnologia e Inovação no Brasil”. Seguindo essa proposta, o Paraná Faz Ciência celebra o Bicentenário da Ciência no nosso Estado.

Na abertura do evento, nesta terça (29), o coordenador de Ciência e Tecnologia da Seti, Marcos Pelegrina, destacou o momento especial pelo qual passa a ciência no Paraná, citando a aprovação do marco legal de Ciência & Tecnologia do Estado, “que vem criando um diálogo importante entre a universidade, o mercado e a sociedade, contribuindo para o desenvolvimento do Paraná e o bem-estar da nossa população”.

O assessor de Assuntos Culturais da Seti, Renê Wagner Ramos, agradeceu a ajuda das universidades públicas do Estado para tornar o evento realidade, especialmente, à Universidade Virtual do Paraná (UVPR), que foi responsável pela execução técnica, e à Biblioteca Pública do Paraná, que abriu as portas para a gravação da programação. “Esse esforço nos ajudou a realizar uma celebração da ciência, dos nossos pesquisadores e pesquisadoras que, nos últimos anos, trabalharam muito. O que seria de nós sem o apoio deles para enfrentar a pandemia da Covid-19”, disse Ramos.

Representando o presidente da Fundação Araucária, Ramiro Wahrhaftig, o diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luiz Márcio Spinosa, lembrou que ações apresentadas no Paraná Faz Ciência são parte do plano do atual governo “que trabalha para promover um Estado moderno e inovador por meio da valorização da ciência e tecnologia”.

Lançamentos – No dia da abertura também foi lançada a Plataforma Paraná Faz Ciência, desenvolvida em um projeto coordenado pela Seti em parceria com a UEM/Mudi. “O espaço virtual tem o objetivo de reunir informações sobre todo o cenário de ciência, tecnologia e inovação do Estado”, explicou a coordenadora do projeto, a professora da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Débora Sant’ Ana. Ela exibiu detalhes da iniciativa e ainda lançou outro produto, o livro do Conexão Ciência – C², um portal de divulgação científica produzido também pela UEM, que é o embrião de uma rede paranaense de popularização da ciência produzida no Paraná. “As reportagens produzidas durante a primeira fase do projeto, em 2021, para esse espaço virtual foram transformadas em um livro”, explicou a professora Débora, que registrou que o e-book pode ser acessado neste endereço.

Programação – Neste terça, às 14h, será exibido o primeiro talk show do Paraná Faz Ciência 2022, intitulado “Educação, Arte, Tecnologia e Inovação no Bicentenário”. O convidado é o professor doutor da Universidad Nacional de la Patagonia Austral (Argentina), Jorge Kulemeyer. O bate-papo é mediado pela professora titular da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) – Câmpus Curitiba, Vanessa Ishikawa Rasoto. O professor fala das características dos diferentes ciclos de vida das tecnologias vinculadas a distintos momentos da história das sociedades.

A “Descoberta do pré-sal e os avanços da ciência na área geológica” são tema do outro talk show da tarde desta terça, dia 29, às 16h. Abordam o tema a professora de Mineralogia, do Departamento de Geologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Anelize Bahniuk Rumbelserger, que fala sobre os ambientes carbonáticos modernos; e o coordenador do Museu de Ciências Naturais da UEPG, professor Antônio Liccardo, que discute o  papel do Museu na popularização de ciências e na criação de uma cultura de educação não formal nessa área. Eles conversam com a professora Vanessa.

A programação de amanhã, dia 30, inicia às 9h. Os professores da Universidade Estadual de Maringá, Tiago Lucena e André Rosa, desmistificam o universo da produção artística e a colocam no dia a dia das pessoas, no terceiro talk show do evento “Ciência, arte e cotidiano”. A mediação é da jornalista da Universidade de Maringá, Ana Paula Machado Velho.

À tarde, as atividades começam às 14h com o talk show “Divulgação científica: como e por quê?”. Serão apresentados projetos como o Conexão Ciência, com a presença da coordenadora da iniciativa, a professora Débora Sant’ Ana, da UEM. Ao lado dela participa a professora Eliane Papa Ambrosio Albuquerque, também da Universidade de Maringá, coordenadora do projeto de extensão e divulgação da ciência Dr Genética.

O último dia do evento, quinta-feira, 1º de dezembro, começa às 9h, o tema do talk show são as “Histórias das transformações do território paranaense”, com mediação é da professora Vanessa Rasoto. Participam da conversa com ela Cláudia Inês Parellada, coordenadora do Departamento de Arqueologia do Museu Paranaense (Mupa), e docente do Programa de Pós-Graduação em Antropologia e Arqueologia, da Universidade Federal do Paraná (PPGAA/ UFPR); e o professor Ilton Cesar Martins do Museu Campos Gerais, da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Enquanto a professora Cláudia fala das narrativas sobre a diversidade de povos que vêm ocupando paisagens do atual estado do Paraná, o professor Ilton Cesar Martins abordará a ocupação dos campos gerais, o Tropeirismo e a escravidão negra.

Fechando o Paraná Faz Ciência 2022, às 15h, será exibido o talk show “Década do Oceano”, com a bióloga e pesquisadora da UFPR, responsável pelo Laboratório de Ecologia e Conservação e pelo Centro de Reabilitação, Despetrolização e Análise de Saúde de fauna marinha, a professora Camila Domit. Ela aborda os avanços científicos, bem como, o desenvolvimento tecnológico e a inovação no ambiente costeiro paranaense, com vistas a atender às prioridades estabelecidas internacionalmente na Década da Ciência Oceânica, e que também são de interesse regional. 

A programação está sendo transmitida virtualmente. As conversas foram gravadas na Biblioteca Pública do Paraná. Os talk shows podem ser acessados no hot site do Paraná faz Ciência 2022.

Ana Paula Machado Velho