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Feira de ciências atrai estudantes do ensino público do litoral do Paraná

O Setor Litoral da Universidade Federal do Paraná (UFPR) foi palco da 13ª edição da Feira Regional de Ciências do Litoral Paranaense, que ocorreu entre os dias 5 e 7 de novembro, em Matinhos. Reunindo cerca de mil visitantes, o evento buscou aproximar a ciência da comunidade litorânea e foi idealizado pelos professores Emerson Joucoski e Rodrigo Arantes Reis, do LabMóvel, e que fazem parte do NAPI Paraná Faz Ciência.

A Feira teve como tema “Biomas do Brasil: Diversidades, Saberes e Tecnologias Sociais”, que se alinha ao definido para a 21ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT 2024), explorando a importância dos biomas brasileiros e o papel das comunidades tradicionais na preservação ambiental.

Apresentação dos trabalhos dos estudantes (Foto/Maria Eduarda de Souza Oliveira)

A apresentação de pesquisas feitas por alunos do Ensino Fundamental e Ensino Médio de escolas públicas da região foi o grande destaque da Feira. Os trabalhos, que foram criados com base no tema principal, demonstraram a dedicação e o potencial criativo dos estudantes. “É uma experiência muito interessante, pois é aqui onde os alunos conseguem desenvolver suas autonomias e aplicar as metodologias científicas”, relata a professora do Colégio Estadual Gabriel de Lara, Tatiana Kraiczei. 

Para a coordenadora do evento, Thais Souza, “é gratificante ver como a Feira proporcionou uma oportunidade única para que estudantes de diversas realidades pudessem divulgar e se envolver com a ciência dentro da universidade. A participação de alunos das ilhas e de comunidades indígenas, trazendo suas próprias experiências e saberes, foi um momento de grande valor, porque mostrou como a ciência pode ser diversa e inclusiva, refletindo a riqueza cultural e ambiental da nossa região.”

Ao longo dos três dias, a programação da Feira também incluiu a participação de projetos de Pesquisa e Extensão da UFPR, como o Rebimar, a Coalizão Paraná pela Década do Oceano e o ZikaBus, a exposição “Deuses que Dançam”, além da oferta de oficinas, minicursos e atividades culturais, que enriqueceram a Feira. Esse conjunto de ações transformou o ambiente em um espaço dinâmico de divulgação científica e integração entre diferentes níveis de ensino.

Exposição do Rebimar (Foto/Maria Eduarda de Souza Oliveira)

A professora Liliani Tiepolo, da UFPR, ministrou a oficina de coleções biológicas, ensinando práticas de manutenção e de conservação de espécies para acervos didáticos e científicos. De acordo com ela, a Feira de Ciências é um grande evento onde as crianças, os jovens e os professores podem ter formações continuadas e exporem as ideias que desenvolvem nas suas próprias escolas. “Um momento de troca e, para nós, é sempre uma satisfação receber os estudantes da rede pública aqui na Universidade”, complementa. 

No último dia, a peça de teatro “O dia em que o brócolis salvou a terra” arrancou risadas do público, ao mesmo tempo em que promovia reflexões sobre os hábitos alimentares saudáveis e a importância da preservação do planeta Terra. E, na cerimônia de encerramento, os projetos dos alunos mais votados pelo público e melhor avaliados pela comissão avaliadora foram premiados. 

Peça de teatro “O dia em que o brócolis salvou a terra” (Foto/Luiza da Costa)

Thais reforçou o papel essencial dos professores que orientaram os trabalhos desenvolvidos pelos estudantes. “Eles não apenas guiaram seus alunos em processos de pesquisa, mas também incentivaram o pensamento crítico e a curiosidade científica. Sem o empenho e dedicação deles, a Feira não teria o impacto que alcançou”, finaliza.

Por Maria Eduarda de Souza Oliveira

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