A Universidade Estadual de Maringá (UEM) foi uma das parceiras da Feira de Inovação das Ciências e Engenharias – FIciencias. A UEM, coordenada por uma equipe do Museu Dinâmico Interdisciplinar (Mudi), compôs o comitê gestor, que faz parte da coordenação e contribuiu com a organização das ações do evento.
A FIciencias é um espaço para estudantes apresentarem ideias criativas e inovadoras, além de contribuir com o conhecimento e a evolução no mundo das ciências. A Feira visa, ainda, promover a cultura científica, disseminar o método científico e a experimentação como ferramentas do conhecimento, estimular e incentivar os talentos em todas as áreas do conhecimento e premiar os melhores trabalhos de pesquisas. Também se caracteriza como um local de integração e troca de experiências, aproximando estudantes e professores de Ensino Fundamental, Médio e Superior.
Nesta edição, que ocorreu entre os dias 24 a 28 de outubro, em Foz do Iguaçu, foram selecionados para apresentação 138 trabalhos em sete áreas do conhecimento: 21 das Engenharias; 28 das Ciências Humanas; 13 das Ciências Exatas e da Terra; 27 das Biológicas; 13 das Agrárias; 13 da Saúde e 23 das Ciências Sociais. A organização alertou que o evento tem
como foco atender ao Objetivo do Desenvolvimento Sustentável 4 – Educação de Qualidade.
Pessoas – Na abertura, a professora da UEM, vice-diretora do Centro de Ciências da Saúde, e integrante da equipe do Mudi, Ana Paula Vidotti, falou como representante dos organizadores, destacando o espírito das pessoas que fazem a feira acontecer: os expositores, alunos e professores, e os representantes de diversas instituições que não desistem de realizar ações de promoção da ciência. “Mesmo com as dificuldades dos últimos anos, nós não desistimos da ciência, que contribui para uma sociedade melhor, para um povo mais preparado para enfrentar o dia a dia. Um evento como esse, com certeza, faz diferença na vida de cada um que está aqui, participando”, resumiu a professora.
Um dos trabalhos apresentados reforçou o engajamento das mulheres/meninas na ciência. Kamilly da Silva e Isabella Baptista mostraram ao público o trabalho que elas desenvolveram na área da biorremediação, na cidade de Jacarezinho, no Paraná. Por meio de um kit simples, elas alertam autoridades e as pessoas em geral sobre a necessidade de controlar a qualidade da água dos cursos d’água que cortam as cidades. Ambas são bolsistas de iniciação científica júnior, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico (CNPq).
“Esse tipo de pesquisa é muito importante para mim, porque me deu certeza do que eu quero fazer, na escolha da minha carreira. Além disso, ajuda a gente a mostrar que nós, mulheres que estamos fazendo ciência e podemos influenciar outras meninas para se engajar na área”, disse Isabella. “O projeto me influenciou bastante na minha formação acadêmica e, atualmente, precisamos encontrar sempre forma de inserir as mulheres na ciência, porque somos muito importantes para formar as crianças menores, no mundo científico”, completou Kamilly.
Universidade de Maringá – Uma equipe da UEM fez parte da comissão julgadora dos 138 projetos expostos na FIciencias, produzidos por alunos de instituições do Brasil, Argentina e do Paraguai.
Os avaliadores da UEM foram as professoras do Departamento de Ciências Morfológicas (DCM), Débora Sant’Ana e Marli Defani, e os professores do Departamento de Ciências (DCI), do campus de Goioerê, Néryla Dias, Leilane Schwind e Robson Muniz. A premiação dos três primeiros lugares de cada área aconteceu na sexta-feira (28). Veja aqui
os projetos ganhadores. Além de ser avaliadora, a professora Débora Sant’Ana fez uma palestra no dia 27, intitulada “A ciência do futuro: uma ciência cidadã”. E mais: a Universidade esteve presente na Feira com um estande, onde apresentou parte do acervo de invertebrados do Museu Dinâmico Interdisciplinar (Mudi). As estudantes Larissa da Silva, do curso de Ciências Biológicas, e Milena Massako Ito, de Comunicação e Multimeios, recebam o público junto com a jornalista, Ana Paula Machado Velho.
Futuro – Dois eventos paralelos marcaram a FIciencias 2022 e tiveram como objetivo preparar os cientistas e promotores da ciência do futuro. O primeiro foi o Hackateens, que teve como objetivo sugerir ações inovadoras para facilitar a volta às atividades presenciais nas escolas,
pós-pandemia da Covid-19.
Seis equipes competiram e cada uma ganhou destaque em uma área. O grupo da Fernanda Silva, João Vitor Gomes e Emanuelli Bazanela chamou atenção para o fato de que “essas iniciativas contribuem para que a gente veja o ponto de vista do outro, com os olhos dele”, anunciou João. “É uma experiência que nos ensina a trabalhar em equipe”, acrescentou Emanuelli, “e que desperta nosso interesse por outras áreas que ainda não tínhamos pensado antes”, completou Fernanda.
Outro destaque do evento foi o FIciencias Kids. Os presentes tiveram a oportunidade de ver o que as crianças do ensino infantil de Foz do Iguaçu estão pensando e teve aluno que chamou atenção com severidade dos menos informados. Gabriel Bento, de 5 anos, corrigiu com
firmeza aqueles que erraram as respostas do jogo sobre educação no trânsito que ele estava coordenando junto com a equipe do CMEI Campos do Iguaçu. Enquanto fazia as perguntas, corrigia, se necessário e o colega Benício explicava detalhes usando um painel colocado atrás da maquete que construíram, reproduzindo o trânsito do bairro.
Em outro espaço, cerca de 20 alunos da Escola Municipal Três Lagoas, de Foz, experimentaram, pela primeira vez, sair dos muros da instituição e explicar para as pessoas os conhecimentos sobre o corpo humano e a ação benéfica das vacinas. “É extremamente importante para que eles possam ter autonomia e adquirir confiança para defender a ciência. O conhecimento eles têm, porque montaram conosco infográficos e maquetes, aqui, no entanto, eles criam a própria maneira de falar sobre o que sabem com pessoas desconhecidas, sem a ajuda do professor. Isso é muito importante para a formação deles”, disse a professora Alessandra Bortolotto, que levou a garotada ao FIciencias junto com a colega Priscila Zorzan.
Mais informações sobre o evento podem ser encontradas no site oficial da FIciencias.
Texto redigido em colaboração com a estagiária do Mudi, Milena Massako Ito, aluna do curso de Comunicação e Multimeios da UEM.
Ana Paula Machado Velho
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