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De Museu para Museu: Amigos do Mudi viaja pelo Rio Grande do Sul

A Associação Amigos do Mudi (Amudi) realizou mais uma de suas viagens, desta vez com destino ao Rio Grande do Sul. Com duração de cinco dias e 54 participantes, a jornada se deu por meio de uma parceria entre a Amudi e o Museu Dinâmico Interdisciplinar (MUDI), que coordenam junto o projeto de extensão De Museu para Museu: intercâmbio, divulgação e utilização de espaços não formais de educação.

O próprio Mudi, inclusive, foi a primeira atração visitada, logo antes do embarque dos participantes. Conduzidos pelos professor Marcílio Hubner e a professora Débora de Mello Sant’ana foi possível conhecer todas as atrações do espaço.

A viagem foi realizada de ônibus e, ao longo do percurso, diversas palestras foram ministradas dentro do veículo. Dentre os temas abordados, os participantes puderam aprender mais sobre aspectos da geologia, produção de vinhos, aspectos históricos e nutricionais do bambu e a relação entre as missões jesuítas e a arte barroca.

Já no Rio Grande do Sul, a primeira atração visitada foi o Complexo Belvedere, na cidade de Ametista do Sul. O espaço conta com uma mina ativa e o Museu das Pedras Gigantes. No processo, os garimpeiros apresentaram aos visitantes a formação geológica da pedra preciosa que dá nome ao município e suas formas de extração. Dentro do museu foi possível conhecer diferentes tonalidades, formatos e tipos de ametista, quartzo rosa e outras pedras. A exposição conta com geodos gigantes  (cavidades que se formam nas rochas, apresentando-se revestidas por formações cristalinas) retirados tanto da própria mina quanto de outros lugares do mundo, sendo possível, inclusive, passear por dentro de alguns que chegam a 3 metros de comprimento.

Nesta etapa da viagem, além de conhecer as belezas da mineração, o grupo pode também discutir a respeito de condições de trabalho e consequências ambientais desta prática. Em depoimento, a professora Débora Sant’ Ana relata a importância dessa variedade de conhecimentos proporcionados: “Foi muito bom poder conhecer não só as curiosidades da extração mineral, mas também a realidade socioeconômica de uma comunidade que vive ainda dessa prática e dos seus aspectos turísticos”.

Ainda dentro do complexo, a visita seguiu para uma vinícola onde foi possível fazer degustação de vinhos e sucos de uva lá produzidos. Isso tudo foi acompanhado de uma palestra ministrada pela professora Débora, intitulada “Enologia um olhar para a produção de vinhos em Ametista do Sul”.

A passagem pelos pontos turísticos da cidade contou também com uma parada ao Ametista Parque Museu, conhecido por conter a maior coleção de minerais da América Latina e ser casa do mais valioso geodo extraído na região com 2,4 toneladas. Espaços religiosos como a Pirâmide Esotérica e a Igreja Matriz São Miguel não ficaram de fora.

Um grande acervo de minerais foi observado na cidade de Ametista do Sul

O itinerário seguiu com uma lista de museus a serem visitados com o Museu do Bambu. No local é possível não apenas conhecer as diferentes espécies da planta – que chegam a 1600 variações – mas, também, ver de perto as infinitas possibilidades que esta planta apresenta além de ter um papel fundamental na sustentabilidade do planeta, já que substitui o ferro, plástico e outros materiais em diferentes situações. Como complemento para esse aprendizado, a graduanda em Pedagogia da UEM Laura Gonçales Sant´Ana ministrou uma palestra a respeito dos aspectos históricos, tecnológicos, ambientais e nutricionais do bambu.

Outra cidade que fez parte da viagem foi Derrubadas, conhecida por abrigar o maior e mais antigo parque ecológico do Rio Grande do Sul, o Parque Estadual do Turvo. Após passear por trilhas, o grupo viajante teve oportunidade de chegar ao Salto Yucumã, no rio Uruguai, na divisa com a Argentina. 

Na volta ao ônibus, a caminho de Santo Ângelo, foram ministradas outras três palestras. Os participantes puderam aprender mais sobre reduções e missões jesuíticas, além de sua relação com a arte barroca a partir das explicações dos professores Marcílio Hubner, Débora Ravagnhani e Maria de Fátima, que também é arqueóloga.

Ao chegar na cidade, as primeiras paradas foram a Catedral Angelopolitana e a Praça da Catedral. A igreja, construída em 1929, é um exemplo do barroco colonial hispânico. Ao redor da construção, existem janelas arqueológicas com partes originais da redução jesuítica. O grupo pode ainda visitar o Museu José Olavo Machado, que possui maquetes da redução jesuítica, peças obtidas da antiga região como obras sacras e ainda outras salas com aspectos da história do Rio Grande do Sul.

No último dia, a viagem não foi menos movimentada. O passeio começou pelo pórtico de São Miguel das Missões, monumento em homenagem aos missionários, com esculturas de  São Miguel Arcanjo, homens e mulheres e crianças da nação guarani, o padre jesuíta Cristóvão de Mendonza e Sepê Tiarajú.

Na cidade de São Miguel das Missões, foi possível conhecer a Fonte Missioneira, ainda decorada com pedras da construção original, de onde brotam águas cristalinas. O ponto final foi o Sítio Arqueológico de São Miguel, que conta com seu próprio museu com temática das missões Jesuítas. Durante a noite, foi possível assistir a um espetáculo que conta mais sobre a história da guerra e destruição das missões.

O grupo visitou o Pórtico de São Miguel das Missões

Foram feitos, também, vídeos detalhados sobre as atividades realizadas na viagem. Não deixe de conferir:


Uma resposta para “De Museu para Museu: Amigos do Mudi viaja pelo Rio Grande do Sul

  1. Avatar de Rozely Aparecida Chiquetti de Marcchi
    Rozely Aparecida Chiquetti de Marcchi

    Valeu …muito conhecimento e ótimas amizades..obrigada MUDI…

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