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Encerrada com sucesso a 5ª Conferência Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação

O fim da tarde desta última quinta-feira (4) selou as discussões propostas pela 5ª Conferência Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação do Paraná (CECTI).  600 pessoas se inscreveram para participar do evento, que ocorreu no auditório do câmpus da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), em Curitiba.

A programação foi realizada na quarta e quinta-feira (3 e 4) e contou com palestras e Grupos de Trabalho, que apontaram contribuições para a criação de políticas públicas e outras ações que possam fortalecer a ciência, a tecnologia e a inovação, no Estado. O NAPI Paraná Faz Ciência e o Museu Dinâmico Interdisciplinar da Universidade Estadual de Maringá (Mudi/UEM) estavam por lá.

As atividades do último dia começaram com a palestra sobre ‘Oportunidades de Cooperação com a União Europeia nos Temas da Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação’. A apresentação foi feita pelo Oficial de Políticas de Ciência, Tecnologia e Inovação da União Europeia para o Brasil, Dhallys Mota Nunes.

Em seguida, estudantes, professores, pesquisadores, empresários e representantes da sociedade civil organizada deram continuidade a reflexões sobre a área de C,T & I paranaense, inspirados no tema da Conferência: Justiça, Sustentabilidade e Desenvolvimento.

GTS – Divididos em sete Grupos de Trabalho (GTs), formados na tarde de terça-feira, dia 3, os participantes apontaram e sistematizaram a apresentação de dezenas de soluções. Representantes do Mudi e do Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação (NAPI) Paraná Faz Ciência participaram efetivamente de três GTs. O GT 5, intitulado ‘Defesa, Valorização e Difusão da Ciência, Tecnologia e Inovação’, foi moderado pelos professores Rodrigo Reis e Regiane Regina Ribeiro (à mesa, na foto acima), ambos da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e membros do NAPI PRFC. As ações e estratégias apontadas pelos participantes do GT giraram em torno, principalmente, da importância da atuação diretamente na Educação Básica, a alfabetização científica e midiática, aproximação da comunidade científica com a população e a organização em rede dos projetos de divulgação científica.

O GT6 focou a ‘Intersecção entre Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Social e Inclusão’. Com mediação dos  Silvia Márcia Ferreira Meletti, da Universidade Estadual de Londrina (UEL), o grupo apontou a necessidade de ações para a redução da desigualdade, garantia da segurança alimentar, combate à violência, acesso à saúde e educação de qualidade, além da elaboração e implementação de políticas públicas sustentáveis para promover a inclusão social e o desenvolvimento coletivo.

O Grupo de Trabalho (GT) 7 se propôs a discutir ações para atrair, formar e fixar os jovens no Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação. Moderada por Guilherme Rosso, diretor de inovação do Hospital Pequeno Príncipe, a equipe teve como relatora Mayara Elita Braz Carneiro, da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Participaram da elaboração das propostas diversos estudantes, inclusive membros da União Paranaense dos Estudantes, e professores do Ensino Superior e da Educação Básica pública. Entre as sugestões do GT estavam: a valorização e apoio a populações historicamente sub-representadas no Sistema Nacional de Ciência e Inovação; além da garantia de Acesso, permanência e conclusão no ensino superior para população LGBTQIA+ e PCD.

Plenária – As propostas de todos os GTs foram encaminhadas para serem sistematizadas em uma plenária final. Os relatores dos Grupos de Trabalho enumeraram as sugestões. Outros quatro temas foram foco de quatro diferentes GTs: ‘Financiamento e a gestão da pesquisa e inovação’; ‘Juventude e formação de recursos humanos qualificados’; ‘Reindustrialização e incentivo para inovação nas empresas’; ‘Programas e projetos estratégicos’.

Houve, inda a possibilidade de inclusão e exclusão total de partes dos textos, que foram votados e farão parte da proposta paranaense a ser apresentada na Conferência Regional Sul, que ocorre nos dias 25 e 26 de abril, também na capital paranaense. Nesta ocasião, um documento com as discussões do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul será redigido. O objetivo é que ele seja encaminhado à 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, que ocorre, em junho, proposta pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), em
Brasília (DF).

Sucesso – No Paraná, a Conferência foi organizada pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), com apoio da Secretaria da Inovação, Modernização e Transformação Digital (SEI), da Fundação Araucária e da UTFPR. O
evento contou, ainda, com a parceria das demais instituições de ensino superior públicas e privadas paranaenses, como a UEM.

Entre as pessoas de destaque na organização estava a pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação da UTFPR, Claudia Xavier (foto acima com o diretor da FA Marcio Spinosa), responsável institucional pelo evento. Ela encerrou as atividades lembrando que “foi um presente e, ao mesmo tempo, uma responsabilidade enorme organizar as propostas que vão compor a política de C,T & I do Paraná, da região Sul e do Brasil. Tivemos quase 600 inscrições e a participação de 430 pessoas nos Grupos de Trabalho”.

Débora Sant’ Ana com a equipe do NAPI, o professor Ramiro Wahrafitig, de branco, e à direita, o diretor da FA, Marcio Spinosa

A professora Débora Sant’ Ana, assessora da Fundação Araucária e professora da UEM, além de uma das coordenadoras do NAPI Paraná Faz Ciência, foi o segundo nome citado entre os responsáveis pelo sucesso do evento, Segundo o diretor da Ciência, Tecnologia e Inovação da Fundação Araucária, Luiz Márcio Spinosa, as “mulheres têm se destacado na resolução dos desafios da Fundação e do Paraná para o desenvolvimento científico e tecnológico do Estado”, e foi aplaudido pelos presentes.

Débora Sant’ Ana considera que a iniciativa foi uma oportunidade importante para os setores acadêmico, produtivo e para a comunidade em geral. Afinal, foi possível discutir a atual situação e o que se espera para os próximos 10 anos, quando se fala em C, T & I. “Foi também um momento democrático para garantir propostas representativas sobre o que nosso Estado pensa e sugere para a Estratégia Nacional de ciência e Tecnologia, que vai ser desenhada para a próxima década, durante a Conferência Nacional, que vai ocorrer em Brasília, em junho”.

O presidente da FA, Ramiro Wahrhaftig, lembrou que a participação democrática na CECTI contou com um grupo importante, que são os jovens. “Temos que incentivar a presença dos estudantes nestas discussões porque eles são o futuro da C, T & I. Fazemos isso nestes encontros e por meio de bolsas e outros incentivos de iniciação científica e tecnológica”.

SETI – Fechando a cerimônia, o coordenador de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná, da Seti, Marcos Pelegrina, voltou a agradecer à equipe de organização do evento, citando diferentes setores, como o de comunicação, lembrando que “ainda há a etapa regional a ser cumprida, no final deste mês”.

A equipe do NAPI PR Faz Ciência fez um pequeno balanço do evento. Oito alunos bolsistas presentes – Milena Ito, Luiza Costa, Camila Lozeckyi, Hellen Vieira, Maysa Ribeiro, Lucas Higashi, Guilherme de Souza -, e a coordenadora do Conexão Ciência – C² e assessora de comunicação do Mudi, Ana Paula Machado Velho, selecionaram alguns destaques.

O primeiro foi a inovação trazida por Gabi Emmerich e Cris Ramos (foto acima), da Ilustraria Desenho Criativo. A dupla realizou o processo de facilitação gráfica, criando esquemas visuais de resumo do que estava sendo dito pelos oradores do evento. “É sempre bacana porque oferecemos o serviço, mas também aprendemos muito. Neste caso, sobre o que o Estado vem fazendo para desenvolver a ciência no Paraná”, disse Gabi.

Desafiamos a ilustradora do C², Hellen Vieira, a resumir o evento com uma imagem e ela produziu essa abaixo. A ideia foi mostrar que os fatores principais que não podem ser esquecidos quando se fala em desenvolvimento científico e tecnológico são: a atenção aos recursos humanos e direcionamento adequado e eficientes dos recursos financeiros. Para a equipe do NAPI, esses são os pontos focais que, se valorizados, podem ser a base para o desenvolvimento científico e tecnológico sustentável.

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